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domingo, 6 de fevereiro de 2011

O que você achou daquela reportagem no Fantástico sobre o preconceito contra pessoas gordas no Mercado de TRABALHO?

O que mais me espantou foi um recrutador FEIO E GORDO, falando de boa aparência e que tem sim preconceito contra os gordos(as)! O que me deu mais raiva ainda é que ele falou isso meio que rindo e a reporter nem indagou ele peguntando por que ele tem esse preconceito se ele é gordo e feio também!

Detalhes Adicionais

Como é que um recrutador de emprego que é gordo e feio fala abertamente que tem preconceito contra pessoas gordas? Será que esse cara não tem espelho em casa pra medir sua feiura?
 

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

Estranho, né?? rsrsr Ele deveria ter preconceito contra ele mesmo também... Mas aqui no Brasil o preconceito é contra tudo e todos..
bjs♥
Eu não essa barbaridade.... ainda bem pq fico P da vida !!!
Mas não é só isso amigo... é beleza, é estetica, é cor, idade... tudoooo discrimina no mercado de trabalho e pior que agora a coisa esta assim ecancarada e ninguem pune isso.... que nojo hem... eu fico revoltadissima com isso.

Beeeeijos amigo
Tani
 

 
Discriminação contra pessoas gordinhas   


MODA X TAMANHO GG
Na temporada de desfiles de 2005, o estilista John Galliano escolheu apenas tipos fora do padrão para mostrar sua coleção -gordinhas, anãs, esqueléticas, gente mais velha e mais nova, mostrando que o mundo abriga muitas variedades além das modelos altas e magérrimas. Isso não significa, porém, que os dias da ditadura estética estejam contados. 'O que se vende é a imagem da modelo esbelta ou da gostosona da novela. O mercado muitas vezes é cruel, assim como é da natureza humana a exclusão de determinado grupo', diz a estilista mineira Graça Ottoni. Para ela, fazer roupas para mulheres gordas é difícil, assim como para qualquer um que fuja do padrão. 'Trabalhamos em série. Uma pessoa muito alta ou muito baixa também deveria ter uma roupa feita sob medida', afirma a estilista, que confecciona até o número 46. O estilista Lino Villaventura já criou até vestido de noiva para uma cliente com mais de 100 quilos. 'Mas é complicado confeccionar em grande escala por causa das proporções. Tem quem seja mais cheinha nos quadris; para outras, o problema está no busto. A modelagem não pode ser padronizada', diz Lino. Há, ainda, outro motivo: segundo ele, as próprias mulheres não gostam de ver roupas enormes na loja. 'Mesmo quem é gordinha quer vestir roupa de magra. O preconceito não é declarado, mas existe, como no caso dos negros, dos nordestinos e tantos outros grupos.'



PRESSÃO PÓS-GRAVIDEZ
A atriz Nívea Stelmann controlou
a dieta durante a gestação
O medo de ser taxada de gorda ronda as mulheres também durante a gravidez, um período em que as curvas generosas poderiam ser encaradas com mais condescendência. Segundo o ginecologista Renato Kalil, de São Paulo, mulher não perde mais do que 5 quilos assim que o bebê nasce -o restante vai exigir dieta e exercícios. Dependendo da urgência, tem quem recorra à lipoaspiração -foi isso o que a atriz Giovanna Antonelli decidiu fazer, oito meses depois do nascimento de Pietro, para complementar a perda dos 20 quilos que ganhou durante a gravidez. Para as grávidas famosas, aliás, a pressão para entrar logo no jeans é ainda maior. A atriz Nívea Stelmann, de 31 anos, nunca havia se preocupado com o peso, até engordar 6 quilos nos primeiros três meses da gravidez. Foi quando decidiu prestar mais atenção na dieta. 'Eu me irritava porque os figurinos da novela ficavam apertados. Além disso, tinha de lidar com a falta de delicadeza das pessoas que não pensavam duas vezes para dizer que eu tinha engordado muito ou para mencionar o meu 'bochechão'. Chorei muitas vezes.' Nívea engordou 14 quilos no total. Logo depois que Miguel nasceu, a atriz voltou à malhação e fez drenagem linfática. 'Com tudo isso e a amamentação, perdi peso rapidamente. E passei a ouvir: 'Que incrível, como você está magra!'. Poucos me perguntaram se eu estava me saindo bem como mãe. A admiração vinha por outro lado. Fazer o quê? O mundo funciona assim.'


Giovanna Antonelli fez lipoaspiração
depois do parto

(Valéria Martins)

MILITÂNCIA VIRTUAL
No endereço www.magnuscorpus.com.br, a discriminação é o principal tema. O site é o representante brasi- leiro do ISAA - International Size Acceptance Association, instituição norte-americana que orienta e defende as pessoas contra o preconceito.

MAIS GORDINHAS
Em 1975, a obesidade atingia apenas 3% dos homens e 8% das mulheres no Brasil. No último levantamento fei-to pelo IBGE, em 2003, esses números pularam para 9% e 13%, respectivamente. Ho- je, 39 milhões de brasileiros estão acima do peso e, destes, 10,5 milhões são obesos.

VOCÊ TEM PRECONCEITO CONTRA
AS MULHERES GORDAS?
admitiram já ter feito um comentário maldoso ao ver uma mulher gorda usando biquíni
66%
já se sentiram secretamente felizes porque a 'ex' do namorado engordou muito
58%
acham que é pior engordar 15 quilos do que reduzir o salário em 30%
52%
ficam incomodadas vendo uma mulher gorda comer hambúrguer com batatas fritas
37%
não iriam a um médico de regime que fosse gordo
36%
acreditam que as gordas são preguiçosas
21%
imaginam que, se um bonitão está com uma mulher gorda, é porque existem outros interesses
21%
dizem que uma pessoa muito gorda deveria pagar por dois assentos nos aviões
18%
Apesar disso, 77% gostariam de ver uma gorda como protagonista da novela das 8.
9.405 leitoras responderam ao questionário online preparado por Marie Claire

ESTÁ PROVADO: OS GORDOS GANHAM MENOS
Cada ponto a mais no índice equivale a R$ 92 a menos no salário, em cargos de gerência. 'Talvez isso aconteça porque a pessoa gorda é associada à idéia de lentidão no trabalho, isto é, menor produtividade', explica Case. Além de ganhar menos, os gordos geralmente perdem na hora da seleção. Segundo uma pesquisa feita pelo grupo Catho, em 2005, 65% dos diretores de empresa admitiram ter alguma objeção em contratar pessoas gordas. 'Não levantamos os motivos. Mas, na minha opinião, quem tem o desleixo de engordar também vai ser desleixado no trabalho. Isso pode justificar a rejeição', diz Thomas Case, fundador do Grupo Catho.

NA REDE
Única no gênero, a revista virtual www.criaturagg.com.br conta com 3.200 leitores cadastrados. Dirigido por Kátia Ricomini, o site informa, por exemplo, como é possível requisitar um cinto de segurança mais longo no carro ou como obter a carteirinha que dispensa a passagem pela catraca nos ônibus. 'Ninguém precisa passar por essa humilhação', diz.


FOTOS: REPRODUÇÃO/ARNALDO MAGNANI (GETTY IMAGES)/KEVIN WINTER (GETTY IMAGES)/MARK MAINZ (GETTY IMAGES)/DIVULGAÇÃO/MÔNICA IMBUZEIRO (AGÊNCIA O GLOBO)/OTHER/FRANÇOIS GUILLOT (AFP)/KATIA RICOMINI/CAMOMILAH, DIVULGAÇÃO/MARCELO CORREIA (DIVULGAÇÃO)/GABRIEL REIS
AGRADECIMENTO: FNAC (ILUSTRAÇÃO BOTERO)

 
DISCRIMINAÇÃO NAS ACADEMIAS
'Tenho 24 anos, estou no último ano de educação física e, além de alta, sou gordinha: tenho 1,82 m e peso 98 quilos. Por dois anos, fui orientadora da sala de musculação de uma grande academia do Rio de Janeiro. Eu atendia pessoas um pouco mais velhas, o que, segundo meu chefe, era ótimo. Por não serem saradas, elas se sentiam mais à vontade comigo. Sempre fui considerada uma das melhores profissionais da minha unidade, até o dia em que um dos diretores da rede passou por lá, olhou para mim e, sem perguntar nada, fez com que meu coordenador me demitisse. O motivo? Eu não me enquadrava nos padrões estéticos da academia. E ainda dizem que não existe preconceito.' Esse é o depoimento de uma leitora de Marie Claire que respondeu à pesquisa online da Redação, pedindo para não se identificar.
O personal trainer Alexandre Menegaz, que trabalha exclusivamente com obesos há 11 anos, já ouviu muitos relatos reproduzindo experiências igualmente desagradáveis em academias de ginástica. 'Muitos chegam a se inscrever, mas abandonam as aulas porque se sentem totalmente deslocados ou, o que é pior, o centro das atenções', diz.
Para o psiquiatra Artur Kaufmann, coordenador do PRATO -Programa de Atendimento ao Obeso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o ciclo é vicioso: existe a crença de que as pessoas gordas não freqüentam academia, e isso explica a falta de investimento no segmento. 'Por outro lado, os gordos acham que academia é lugar de gente magra. Existe, sim, discriminação, mas a verdade é que muita gente faz disso uma boa desculpa. 'Já que tem preconceito, não vou mesmo', é o que costumo ouvir', diz o psiquiatra.



'DEPOIS QUE EMAGRECI, TODOS ME TRATAM DE OUTRA FORMA'
A advogada Priscilla Lazarini tinha 13 anos quando tomou remédio para emagrecer pela primeira vez. Mesmo assim, ela raramente pesou menos de 80, quilos demais para quem mede 1.60 m. Em 2004, Priscilla estava com 93 quilos e decidiu virar o jogo. Procurou o Vigilantes do Peso e encarou o programa de reeducação alimentar que a ajudou a perder 27 quilos. Hoje, com 34 anos e o peso estabilizado em 66 quilos, ela diz que muita coisa mudou na vida, além do manequim. 'Profissionalmente, sinto que as pessoas confiam mais em mim. Ninguém comentou nada, mas, depois que emagreci, percebi olhares de espanto e admiração de clientes que não me viam há algum tempo. Ficou claro que a gordura era negativa para a minha imagem.'
Diferente, também, é o olhar masculino. 'Os homens nunca tinham prestado atenção em mim, nem na adolescência. No início, eu até me surpreendia, achava que a pessoa estava me olhando porque talvez me conhecesse... Ser paquerada tem sido uma experiência nova'.
Para quem vestia 54, usar 40 é uma conquista e tanto. Mas, além disso, Priscilla diz que bom é não ter que ouvir: 'Infelizmente não trabalhamos com o seu tamanho'. Hoje, ela se sente à vontade para entrar em qualquer loja. 'Só tenho que tomar cuidado para não gastar demais, porque agora tudo serve e cai bem.' 
 
 

 

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