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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

FANTASIAS PARA GORDINHAS

fantasia
Finalmente, o carnaval chegou!
E junto com ele vem muita animação, musica e alegria!


Mascaras, confetes, serpentinas, acessórios, buzinas e todos os tipos de bugigangas carnavalescas já estão aí nas ruas em todas as cidades do Brasil.

http://lojaconquest.files.wordpress.com/2010/08/draft_lens7190262module59986082photo_1254175708woodland_nymph_plus_size_adult_costume.jpg
Em cada cidade, o carnaval é comemorado de maneiras distintas, é sempre sinônimo de muita festa.
Entre blocos, escolas de samba, bonecos gigantes, marchinhas...
enfim, o importante é aproveitar a folia.





O carnaval é uma festa popular que apresenta varias características. Estas caracteristicas dão um ar especial aos bailes e desfiles, e as fantasias são o grande diferencial entre os foliões. E é o assunto do post de hoje!
Você ta pensando que gordinha não pode cair na farra toda linda e fantasiada não é?!

FASHION FLAPPER PLUS SIZE COSTUME




Ahhhhh, pois eu digo que pode!
E pra provar, selecionei algumas fantasias perfeitas e feitas especialmente para nós, verdadeiros mulherões.

FADA!



PRINCESA GUERREIRA :}
COLEGIAL *-*


ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

SAILOR :D



DAMA DE COPAS *-*

CHAPEUZINHO VERMELHO :P


MULHER GATO :D

HIPPIE :)


DIABINHAAA! *---*

Espero que tenham gostado!
Beijos e até a próxima!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Antes e Depois da Bariátrica




 É assim que vou ficar?
1
O tratamento da Obesidade é sempre Clinico e baseado em Reeducação Global ou seja nutricional, física e psicológica.
É necessário comer as coisas certas nas quantidades certas respeitando intervalos de 3horas entre refeições. É claro que o paladar de cada paciente deve ser levado em conta.
Não adianta mudar hábitos por apenas 2 meses porque ao retornar aos hábitos antigos haverá o reganho do peso perdido . Também não adianta tomar remédios.
Qualquer iniciativa que tenha começo, meio e fim será fadada ao reganho de peso.
A mudança de hábitos precisa ser mantida para sempre.

2
O tratamento clínico tem bom resultado em pacientes com obesidade não muito intensa. Em pacientes muito obesos, ou seja, com IMC > 40 Kg/m2 (vide o Calculo do IMC), o tratamento clinico não costuma ser eficaz.

3
O único tratamento atual da Obesidade Mórbida (IMC > 40 Kg/m2) é a cirurgia conforme o Consenso Mundial organizado pelo NIH (National Institute of Health) nos EUA em 1991.

4
A Cirurgia Bariatrica só é indicada em pacientes com IMC >35 e <40 se houver 2 comorbidades (Doenças decorrentes da Obesidade: Hipertensão Arterial, Diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, colesterol alto, artroses graves, etc.).

5
Só indicamos cirurgia após comprovação do Insucesso do Tratamento Clinico.

6
A maioria das crianças e adolescentes devem ser tratadas clinicamente.

7
O paciente precisa aprender tudo sobre a cirurgia antes de pensar em ser operado
A decisão de ser operado tem que ser técnica. Não pode ser passional.

8
É muito importante a presença da família na Clinica desde antes da cirurgia.

9
Mensalmente desde 2001 a Clinica Franco e Rizzi promove uma reunião entre pacientes (operados ou não) e toda a Equipe Multidisciplinar para troca geral de informações. Pacientes em préoperatório aproveitam para descobrirem como sua vida será após a cirurgia. É como se fosse um test drive virtual.
Os pacientes já operados aproveitam essa Reunião de outra forma pois trata-se de um lembrete da existência da Obesidade e isso ajuda a evitar a reengorda.

10
O Bypass é uma cirurgia diferente de uma apendicite porque o "mal não sai do corpo&". Operamos um estomago normal, ou seja, a origem da obesidade continua no corpo. Então fica claro que a guerra contra a obesidade continua por toda a vida, mesmo depois de operar. Essa guerra é travada em vários campos: cirúrgico, nutricional e psicológico.
Não existe um personagem único que seja o "Messias Salvador da Pátria". A única solução é que seja feita uma Sociedade entre o paciente + sua família + cirurgião + nutricionista + psicóloga + fisioterapeuta + outros profissionais conforme o caso. Cada um terá seu papel nessa Sociedade.
Os trabalhos dessa Sociedade começam antes da cirurgia para educar o paciente e sua família a respeito das suas obrigações no préoperatório e no pós-operatório.
O paciente e familiares precisam de tempo para esse preparo. O paciente só deve ser operado quando ele estiver bem preparado em todos os aspectos: clinico, nutricional, psicológico, educacional, etc.
A cirurgia precisa ser indicada no "momento perfeito" com o paciente muito bem preparado. As vezes vale a pena retardar a cirurgia para uma outra ocasião melhor para o paciente. Essa cirurgia deve ser feita uma única vez e deve ter o resultado perfeito.
Por esse motivo é impossível conhecer o cirurgião hoje e operar em 5 dias.

11
A psicóloga precisa ter certeza que o paciente entendeu o que será feito no seu corpo.
O paciente precisa estar numa fase equilibrada e estável, pois é impossível passar pelas mudanças do pós-operatório em situação psicologicamente ruim.
A psicóloga precisa sentir que a decisão de ser operado não é uma decisão emotiva durante crise maníaca. É importante ser uma decisão técnica, tranqüila e amadurecida tomada por quem conhece o assunto "Cirurgia da Obesidade".
Alguns pacientes fantasiam sobre resultados da cirurgia. Tem certeza que emagrecendo irão salvar um casamento ruim serão promovidos e terão um grande ganho salarial, etc. É claro que esse tipo de expectativa não costuma ser correspondida e surgirá uma grande decepção. Cabe ao psicólogo “calibrar expectativas”, ou seja, por os pés do paciente no chão antes da cirurgia.
Antes de operar talvez a grande fonte de prazer do obeso fosse comer. Depois da cirurgia ele provavelmente não terá mais tanto prazer na comida e dessa forma precisará encontrar outra "Fonte de Prazer". Enquanto não fizer a troca de "Fonte de Prazer" poderá sentir um certo vazio no campo do prazer. Essa transição tem que ser trabalhada e preparada desde antes da cirurgia.

12
A nutricionista avalia a origem da obesidade nesse paciente em particular. Avalia as porcentagens de massa gorda, massa protéica e água (atravez da Bioimpedanciometria). Avalia a taxa metabólica basal do paciente (atravez da Calorimetria) .Esse exame quantifica o gasto energético em repouso. Esse dado é importante no acompanhamento do emagrecimento.
Avalia as dosagens de elementos no sangue como hemácias, albumina, vitamina B12, Ferro, Cálcio, Zinco, etc e em caso de deficiências promove suas devidas correções para que o paciente seja operado nas melhores condições possíveis.
Ela também explicará desde antes de operar como será sua vida alimentar após a cirurgia e como agir para evitar complicações.
13
A fisioterapeuta avalia as condições respiratórias para melhorar a ventilação prevenindo complicações relacionadas ao pulmão (pneumonias e atelectasias). Ensinará o paciente a usar um aparelho chamado Respiron onde o paciente aprenderá a melhorar sua inspiração.
Também avaliará a musculatura das pernas para programar atividades que previnam trombose venosa das pernas e embolia pulmonar.
Programará as atividades físicas aeróbicas que serão necessárias nos sete meses após a cirurgia para promover a queima de gorduras.

14
O cirurgião faz uma modificação no tubo digestivo do paciente mas quem vai pilotá-la é o paciente . Por isso o paciente precisa ser treinado para retirar o maximo proveito desse instrumento. Comparo a dar um carro possante nas mãos de um mal piloto o resultado será ruim.
Acredito que a grande responsabilidade pelo sucesso dessa "Sociedade" repouse nas mãos do paciente. Cabe a ele obedecer as instruções da Equipe Multidisciplinar e principalmente retornar a todas as consultas solicitadas.

15
Quando a Equipe e o paciente acharem que está na hora de operar o paciente será submetido a vários exames pré-operatórios obrigatórios (Endoscopia, Ultra-som, Laboratório, Avaliação Cardiológica).
As vezes são pedidas avaliações com pneumologista e com especialistas em apnéia do sono.

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Preparamos o paciente da melhor maneira possível. As vezes a Obesidade causa doenças tão graves que não conseguimos equilibrar todos os parâmetros clinico e operamos mesmo com a pressão alta e com a glicemia elevada, mas tentamos o melhor possível.

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O paciente lerá e assinará um Consentimento Informado que será fornecido na Clinica. Esse documento ensina e discute vários aspectos da cirurgia e de suas decorrências.

18
Emagrecer o quanto possível nos 20 dias antes de operar, por dois motivos.
O primeiro é que essa perda de peso melhora bastante as condições de coração e pulmão. Alem disso causa diminuição rápida do tamanho do fígado e isso ajuda muito a cirurgia videolaparoscópica. Alguns fígados são tão grandes e pesados que impossibilitam a cirurgia videolaparoscópica obrigando o cirurgião a realizar a cirurgia convencional (com corte de 20 cm aproximadamente).

19
Evitar fumar, uso de AAS infantil e anticoncepcional antes da cirurgia. O numero de dias sem medicação depende de cada caso. Esclarecer com o seu cardiologista.

20
Não podemos operar grávidas. Se existe a possibilidade avisar-nos para solicitarmos exame sanguíneo BHCG no dia da cirurgia.

21
Na véspera da cirurgia o paciente alimenta-se de dieta liquida e coada até 10 horas antes da hora da cirurgia. Por 10 horas antes da cirurgia o paciente precisa manter jejum absoluto (inclusive de água).
Interna no Hospital 2 horas antes do horário previsto da cirurgia trazendo todos os exames e avaliações de cardiologista, pneumologista, endocrinologistas e outros médicos envolvidos.
Também deve trazer as meias elásticas, o Respiron e o corante alimentício azul
Nosso anestesista visita o paciente no quarto e prescreve a medicação pré-anestésica que causará certa sonolência. O paciente será transportado ao Centro Cirúrgico.
Pedimos que sempre haja um acompanhante no quarto durante toda a internação.

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Na sala de cirurgia começam os preparativos para a cirurgia (punções , cateteres e sondas , instalação da aparelhagem de videolaparoscopia, etc.).
Desde a saída do quarto até o inicio real da cirurgia costuma levar 1,5 hora a 2 horas.
A cirurgia em si costuma durar 2,5 horas a 3 horas . Quando a cirurgia terminar eu telefono para os acompanhantes no quarto do paciente relatando a cirurgia.
O paciente acorda na sala de cirurgia e é levado a outra sala chamada Sala de Recuperação Pós Anestésica (RPA) onde permanece em observação por outras 2,5 a 3 horas.
Após esse intervalo o paciente é geralmente encaminhado ao quarto. Perceba que o intervalo entre a saída e o retorno ao quarto costuma ser de 8 horas.
Excepcionalmente o paciente pode passar esse primeiro dia na UTI em casos de pressão alta, diabetes descontrolada ou em casos bronquite severa.

23
O paciente chega no quarto por volta das 16hs sonolento com um soro gotejando numa veia no braço e com uma sonda vesical (urinaria).
Ele permanecerá em jejum absoluto nesse e no próximo dia.
Quando o acompanhante perceber que ele bem está acordado e disposto a sair da cama, ele deve avisar a enfermeira do andar a qual já está orientada para retirar a sonda vesical quando o paciente estiver bem acordado.
Uma vez sem a sonda vesical a enfermeira e o acompanhante ajudam o paciente a sentar na cama. Após 30 minutos sentado na cama sentindo-se bem, o acompanhante e a enfermeira ajudam o paciente a levantar-se e dar seus primeiros passos no quarto e adquirindo confiança caminhar lentamente no corredor do hospital.
Desse momento em diante é importante não ficar deitado na cama. Procurar caminhar e sentar na poltrona do quarto. Alguns pacientes preferem dormir sentados na poltrona. A posição deitada na cama provoca dor nas costas e não permite boa respiração. Em caso de náuseas procurar cuspir a saliva numa toalha de rosto que deve permanecer sempre próximo do paciente.
Toda noite o paciente receberá uma injeção subcutânea de anticoagulante para prevenir embolia de pulmão (Essa medicação será mantida por prazo mínimo de 7 dias ,conforme as condições de risco de embolia pulmonar).

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O segundo dia de internação é repetição do primeiro: jejum + cuspir saliva + caminhar bastante e sentar na poltrona. Evitar deitar na cama.

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Na manhã do terceiro dia de internação eu prepararei uma dose de 20 ml de liquido azul utilizando o corante alimentício azul que o paciente trouxe de casa. O paciente beberá lentamente esses 20 ml e deve olhar para o dreno. Esse é o "Teste do azul".
Geralmente não ocorre saída de liquido azul pelo dreno e caracterizamos Teste Negativo e inicia-se a alimentação via oral nesse momento com 20 ml de liquidos com a densidade da agua como chá, água de côco e Gatorade, sendo que deve-se manter um intervalo de 10 minutos em jejum entre 2 tomadas de liquido.
O Teste do azul deve ser repetido 3 vezes por dia por 7 dias (ao acordar, as 14 horas e antes de deitar). Na grande maioria das vezes não ocorre saída do azul pelo dreno.
Obs - Se houver saída de liquido azul pelo dreno significa que um grampo afrouxou causando uma fistula. A conduta nesse caso é a passagem de uma sonda nasoenteral e o paciente alimenta-se por ela por 1 mês permanecendo em jejum via oral nesse mês. Geralmente as fistulas cicatrizam com essa conduta e os pacientes podem levar sua vida normalmente mesmo enquanto usam a sonda, podendo trabalhar, dirigir, etc.

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Se o terceiro dia foi bom, ou seja, aceitou os líquidos, testes de azul negativos, caminhou bastante e não teve tontura, dor ou vômitos o paciente terá alta hospitalar na manhã do quarto dia.

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A rotina em casa é a mesma do dia anterior tomando 20 ml de líquidos com calma, esperar 10 minutos antes da próxima dose, caminhar inclusive na rua (acompanhado), subir escadas e deitar o mínimo possível.
Fazer os 3 testes de azul por dia .Se houver vazamento de azul avisar-me imediatamente pelo telefone celular. Nesse caso marcaremos um encontro imediatamente no Hospital para passagem da sonda nasoenteral
Usar as meias elásticas o tempo todo (exceto para tomar banho).
Procurar alguém que saiba aplicar a injeção de anticoagulante subcutanea (sempre as 19 hs). Todo dia cedo tomar um Nexium 40 mg amassado por 30 dias
Utilizar os medicamentos Luftal gotas para gases e Anador gotas para dor.
Lembrar que todos os medicamentos por 3 meses devem ser administrados na forma liquida ou triturada a pó.
A grande perda de peso dos primeiros meses causa impacto gigantesco nas doenças como hipertensão arterial, diabetes 2, etc. As doses de medicamentos tomadas para essas doenças no pré-operatório devem ser reajustadas para essa nova condição por isso é necessário procurar o seu médico clinico desde o primeiro mês após a cirurgia bariatrica.
Nesse período o paciente pode sentir fraqueza e tonturas porque a ingesta calórica é muito pobre. Por esse motivo não devemos deixá-lo sozinho e nem permitir que dirija veículos.
No oitavo dia após a cirurgia retornar ao consultório onde o dreno será retirado.
Continuar fazendo os testes com azul por mais dois dias após a retirada do dreno.
Após a retirada do dreno o paciente pode fazer o que quiser do ponto de vista físico. Assim que o buraco do dreno cicatrizar (2 ou 3 dias) pode inclusive nadar.

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Até o trigésimo dia (1 mês) existe o risco de abrir um grampo e causar a fistula. Por esse motivo é muito importante que a dieta continue sendo liquida rala e coada conforme as orientações da nutricionista.
Quando a cirurgia completar 30 dias não existe mais risco de fistula e o paciente começa a ingerir comida normal (conforme orientações da nutricionista).
As dicas são comer 3 refeições pequenas por dia (ao redor de 250 g cada prato) e lembrar de comer devagar mastigando bem os alimentos.

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Durante os primeiros meses alguns poucos pacientes podem ter surtos ocasionais de diarréia oleosas esverdeadas com odor forte. É transitório.

30
O paciente precisa comer carne vermelha por toda a vida, pois é uma excelente fonte de proteínas, vitaminas e de ferro. Quem come carne vermelha evita a anemia.

31
É proibido comer bagaços (casca de uva - bagaço de laranja, etc.) pois entopem o estomago e o intestino.
É proibido comer doces porque engordam.
É proibido tomar antiinflamatórios (em qualquer apresentação) porque provocam ulcera no estomago operado.
Essas proibições são para toda a vida.

32
Nos primeiros 7 meses após a cirurgia ocorre a "Queima de gorduras" se o paciente tiver muita atividade física aeróbica. Sugerimos caminhar ou nadar de preferência 3 horas por dia para otimizar ao maximo a queima de gorduras.
Deve-se evitar nessa fase esportes de impacto que possam causar fraturas ou entorses, pois a imobilização seria muito prejudicial ao projeto.
O peso obtido no final do sétimo mês costuma ser o melhor resultado obtido e após esse período não costuma haver emagrecimento. Por esse motivo acreditamos que o paciente precise priorizar a atividade física nesses 7 meses mesmo em detrimento de outras atividades. O paciente deve escolher a data da cirurgia considerando que tenha tempo para realizar essa atividade aeróbica diária por 7 meses após a cirurgia.
Nesse período é terminantemente proibida a ingestão de doces pois atrapalha muito a queima de gorduras.

33
Devido ao rápido emagrecimento do primeiro ano existe uma tendência a anemia. por esse motivo devemos evitar menstruações de volume médio a grande. Nesses casos sugerimos que a paciente procure seu ginecologista para suspender a menstruação por período de 1 ano.
Alias as mulheres que menstruavam muito antes de operar já devem ter sua menstruação suspensa antes de operar e assim manterem-se por 1 ano. O único comentário é que devemos utilizar hormônios que "não retenham liquido corporal".

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O rápido emagrecimento do primeiro ano causa em algumas mulheres uma certa fraqueza (talvez naquelas que menstruam}. As mulheres não devem engravidar nesse primeiro ano após a cirurgia, pois essa gravidez causará grande cansaço materno e talvez o feto sofra desnutrição com possível prejuízo a sua formação.
Vários trabalhos comprovam um aumento na fertilidade feminina após o emagrecimento e o risco de gravidez é alto. Por isso é importante que haja um acompanhamento rigoroso do seu ginecologista no sentido de evitar gravidez por 1 ano após a cirurgia.

35
Os cabelos costumam cair no primeiro ano após a cirurgia. A nutricionista pode ajudar suplementando minerais.
Após o primeiro ano ocorre estabilização do quadro.

36
A comunicação entre o pouch e o intestino é calibrada em 1,2 cm para causar saciedade porem sem causar vômitos.
Eventualmente (raro) o paciente pode comer algo grande, fibroso e mal mastigado e ocorrer o entalamento do alimento na passagem do pouch ao intestino com conseqüente mal estar.
Nesses casos o paciente costuma vomitar resolvendo o problema.
Se o vomito não resolver a conduta será a retirada do alimento por Endoscopia Digestiva. Se esse fenômeno tornar-se freqüente fazemos a dilatação da passagem também por Endoscopia Digestiva.

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Cansaço é uma queixa importante. Pode ser por anemia ou por desnutrição ou por depressão psicológica. Nesses casos o paciente deve procurar a Equipe Multidisciplinar para diagnóstico preciso e tratamento específico.

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As pacientes do sexo feminino freqüentemente se queixam de pele e mamas caídas logo no primeiro ano após o Bypass e querem fazer a cirurgia plástica.
Nossa sugestão é que esperem toda a pele soltar o maximo possível, pois se a pele continuar soltando após a plástica ocorrerá um resultado estético muito ruim. Aconselhamos aguardar ao redor de 1,5 ano para programar a plástica.
Outro critério é esperar a estabilização do peso e da bioimpedanciometria por 6 meses.

39
O Bypass Gástrico modifica a anatomia do tubo digestivo com vantagens nítidas para o Obeso Mórbido.
O paciente portador dessa cirurgia precisa passar por "revisões periódicas" com o cirurgião como se fosse um carro. No primeiro ano recomendamos consultas mensais com o cirurgião. A partir do segundo ano a freqüência passa a ser anual para sempre. Nessas consultas avaliamos:
  • Passagem do alimento do pouch para o intestino . Se estreita causa vômitos e precisamos fazer a Dilatação Endoscópica.
  • Presença de Refluxo gastroesofageano ou úlcera gastrojejunal . Se presente precisamos medicar.
  • Presença de Cálculos na Vesícula Biliar .
Todo emagrecimento rápido (cirúrgico ou não) tem 20% de probabilidade de causar essa doença . Os cálculos podem causar a Pancreatite Aguda que pode ser grave. Por esse motivo assim que descobrimos que alguém tem cálculos na vesícula biliar nós indicamos a cirurgia de retirada da vesícula ( Colecistectomia com Colangiografia de preferência Videolaparoscópica ).

40
Todo paciente submetido a Bypass tem a tendência a desequilíbrios nutricionais. Sugerimos retornos freqüentes para evitar tais complicações.
No décimo quinto dia após a cirurgia ocorre a primeira consulta onde avalia-se a condição alimentar do paciente e nova Bioimpedanciometria é realizada no intuito de avaliar perda de massa muscular que se intensa será corrigida com suplementação protéica.
No trigésimo dia nova consulta é realizada para orientar a transição da dieta liquida para a sólida .Essa evolução é lenta e gradativa . Reforça-se a importância da mastigação.
Retornos mensais com a nutricionista são obrigatórios no primeiro ano após a cirurgia bariatrica onde serão avaliados:
  • Perda de peso e estudo dessa perda com Bioimpedanciometria para avaliar a percentagem de massa muscular , gordura e água perdida . A perda está adequada ?
  • Averiguação da aceitação : Comendo carne ? vegetais ? frutas ? leite e derivados ?
  • Presença de vômitos ou alteração de ritmo intestinal.
  • Avaliação menstrual.
  • Estado de cabelos e unhas.
  • Avaliação laboratorial para diagnóstico precoce de desequilíbrios nutricionais.
  • Suplementação de vitaminas, proteínas , minerais.
Calorimetria é realizada a cada 3 meses no primeiro ano após a cirurgia .
Após o primeiro ano os retorno são semestrais para toda a vida.

41
Toda e qualquer alteração física ou psicológica para sempre após o Bypass deve ser reportada ao cirurgião ou a nutricionista da Equipe.
A especialidade “Cirurgia Bariatrica” é muito especifica e só quem a exerce é capaz de compreender sintomas nessa especialidade. Por exemplo, câimbras em um paciente não operado pode ser falta de potássio, mas em um paciente submetido a Bypass pode ser falta de Vitamina B12.
Por isso é importante essa proximidade do paciente com a Equipe para toda a vida.
Tenham sempre a mão o número do telefone celular do cirurgião e da nutricionista da Equipe e usem-no a vontade.

Calculo do IMC (Índice de Massa Corporal)

O Índice de Massa Corporal (IMC) é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. O IMC é calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m).
Utilize os campos abaixo para calcular o seu IMC:

Categoria
IMC (Kg/m²)
Risco de Comorbidade
Abaixo do peso Abaixo de 18,5
Peso normal 18,5 - 24,9 Peso Saudável
Sobrepeso 25,0 - 29,9 Aumentado
Obeso tipo 1 30,0 - 34,9 Moderado
Obeso tipo 2 35,0 - 39,9 Grave
Obeso Mórbido 40,0 - 49,9 Muito Grave
Super Obeso Mórbido 50,0 - 59,9 Muito Grave
Super super Obeso Mórbido 60,0 e acima Muito muito Grave
Exemplo de como calcular o Índice de Massa Corporal (IMC):
IMC =                Peso (kg)           
               ( Altura (m) X Altura (m) )
Exemplo: 76kg / 1,79m x 1,79m = 23,71 (Normal)
Quais são os pontos fracos do IMC?

Há alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O IMC. também não é aplicável para crianças.

Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.

O Tubo Digestivo

O tubo digestivo é uma longa estrada que começa na boca e termina no anus.

A sua função é transformar os alimentos que ingerimos em:
A- Energia para as células
B- Matéria prima fabricarmos os elementos que compõe nosso corpo


Os alimentos dividem-se em 3 categorias principais : carboidratos , proteínas e gorduras.

Os carboidratos são constituídos de monossacarídeos que são a unidade básica do carboidrato. Esses aglomeram-se formando carboidratos diferentes.

As proteínas são aglomerados de aminoácidos (unidade básica da proteína) . As variações no agrupamento de aminoácidos fabricarão proteínas diferentes.

As gorduras são constituídas de ácidos graxos e glicerol (unidade básica da gordura).

Conforme a combinação desses elementos teremos gorduras diferentes.

Quando comemos um bife estamos ingerindo proteína do músculo da vaca , a qual não é a proteína do ser humano . Então o tubo digestivo humano desmancha a proteína da vaca em aminoácidos e promove a absorção desses aminoácidos para o sangue . Os aminoácidos serão armazenados no fígado onde serão recombinados entre si para produzir a proteína própria do músculo humano .O mesmo ocorre com os carboidratos e com as gorduras . Esse processo de desconstrução, absorção e reconstrução é chamado de digestão.

A comida percorre essa estrada chamada "Tubo Digestivo" sendo empurrada por movimentos de contração do intestino chamados de peristaltismo

Essa estrada é composta por vários trechos diferentes, cada um com sua função.

O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
Características dos dentes
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.  Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.
Tipos de dentes 
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.
 
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
A língua
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:
  • Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.
  • Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.
  • Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca.
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago.
FARINGE E ESÔFAGO
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.
 ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.

Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
A pepsina, ao catalizar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres.
 A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos, separando seus nucleotídeos.
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.
Suco digestivo
Enzima
pH ótimo
Substrato
Produtos
Saliva
Ptialina
neutro
polissacarídeos
maltose
Suco gástrico
Pepsina
ácido
proteínas
oligopeptídeos
Suco pancreático
Quimiotripsina
Tripsina
Amilopepsina
Rnase
Dnase
Lipase
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
proteínas
proteínas
polissacarídeos
RNA
DNA
lipídeos
peptídeos
peptídeos
maltose
ribonucleotídeos
desoxirribonucleotídeos
glicerol e ácidos graxos
Suco intestinal ou entérico
Carboxipeptidase
Aminopeptidase
Dipeptidase
Maltase
Sacarase
Lactase
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
oligopeptídeos
oligopeptídeos
dipeptídeos
maltose
sacarose
lactose
aminoácidos
aminoácidos
aminoácidos
glicose
glicose e frutose
glicose e galactose
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas.
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
INTESTINO GROSSO
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
 
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
GLÂNDULAS ANEXAS
 Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no sistema endócrino.
Fígado
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.
Funções do fígado:
  • Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
  • Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
  • Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
  • Metabolizar lipídeos;
  • Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
  • Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
  • Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.

Origem da Obesidade

No passado longínquo a comida era rara e o homem pré-histórico gastava muita energia para consegui-la. Havia uma grande atividade física constante, ou no sentido do homem fugir de algum animal maior que o quisesse como refeição ou correr atraz de algum animal menor para comer. Eram tempos de escassez. Havia então um instinto de comer tudo que estivesse ao alcance para fazer reservas energéticas pois não se sabia quando seria a próxima refeição.

Com o passar do tempo o homem desenvolveu a inteligência e dominou o planeta. Aprendeu a plantar, pastorear , enfim a ter comida em abundância e acima de tudo sem precisar correr atraz de alimento. Alias nem fugir de outros animais, pois o homem deixou de ter predador . Nesse momento, talvez no século passado, o homem conheceu a abundância e a falta de predador. Com certeza nenhuma outra espécie viva nesse planeta conquistou esse duplo previlégio.

Aparentemente trata-se de um progresso da espécie, mas na verdade foi o inicio de uma nova Era. A “Era do sedentarismo e da comilança desregrada”. Em outras palavras submetemos o nosso corpo a um estilo de vida para o qual ele não foi feito. Estamos nos desviando das orientações do nosso “Manual de Manutenção” e pior, muito rapidamente, sem dar tempo a Mãe Natureza de fazer os ajustes lentos e graduais que a evolução das espécies requer.

Ao descobrir o fogo o homem aprendeu que esquentando a comida ela fica mais saborosa e de mais fácil digestão. Assim , nesse momento começamos a retirar as fibras dos alimentos. Chamamos isso de “digestão externa”. Aprendemos também a refinar industrialmente o trigo e o açúcar deixando-os sem fibras também. Dessa forma a comida passou a não ter fibras.

As moradias atuais são pequenas devido a intensa migração urbana dos últimos séculos e por isso as cozinhas não comportam grandes quantidades de frutas e verduras para fornecer 2.000 calorias por pessoa por dia as custas de frutas, verduras ou legumes. Foi necessário encontrar uma alternativa mais prática para alimentar as pessoas. Surgiram as comidas de baixo volume, hipercalóricas e não perecíveis (tradução : amido e açucar sem fibras) como pão, bolacha, chocolate, etc.

Esse tipo de comida não causa saciedade porque não distende o estomago e por isso esse tipo de comida induz a comer sem parar.

Esse tipo de comida moderna é de facílima digestão e por isso quase toda realizada no duodeno. Dessa forma quase toda a comida será absorvida para o sangue no duodeno e no inicio do jejuno. Assim não haverá resíduo alimentar chegando ao íleo terminal e com isso não haverá estímulo para produção de hormônios como GLP1, PYY e Oxintomodulina. Esses hormônios são responsáveis pelo “grito intestinal” que avisa o cérebro para parar de comer. Em outras palavras a comida moderna é tão facilmente absorvida que a grande parte do intestino não vê comida. É uma pena porque dessa forma o intestino acha que a pessoa não comeu e não manda o cérebro parar de comer, e dessa forma a pessoa continua comendo sem parar, ou seja de forma insaciável.

Assim então entendemos porque o progresso intelectual humano induz a obesidade pois come-se muito e gasta-se pouca energia, ou seja assim como uma conta bancaria onde estoca-se muita energia e gasta-se pouca energia, o resultado será uma conta bancaria bem gorda.


Listo a seguir os 6 mandamentos da Obesidade Moderna:

  • Sedentarismo por sermos o topo da cadeia alimentar (não temos predador) e logo não precisamos fugir de ninguém
  • Sedentarismo por termos abundância de alimentos. (Todas as outras espécies vivas vivem na escassez de alimentos e por isso precisam correr muito atraz de comida)
  • Sedentarismo por ficamos trancados em casa com medo da violência urbana.
  • Sedentarismo porque a tecnologia permite resolvermos tudo em casa pela Internet, pelos Deliverys, etc.
  • Comemos comidas hipercalóricas de baixo volume que não causam saciedade pois não distendem o estomago e assim o homem come e continua “bem disposto” a continuar a comer por tempo indeterminado.
  • Comemos comidas hipercalóricas de facílima absorção no duodeno e jejuno altos logo o “intestino passa fome“ e por isso não existe o grito do intestino avisando o cérebro para parar de comer. E assim o individuo continua com fome mesmo depois de comer muito.

Resumo
Em resumo o Mundo Moderno induz a obesidade. O homem do futuro será um grande obeso. A mesma tecnologia que é capaz de esticar a sobrevida graças a transplantes e vacinas será a grande culpada pela diminuição da sobrevida graças as complicações decorrentes da obesidade extrema.

É necessário que tenhamos consciência desse fenômeno e que lutemos contra essa correnteza mudando nossos hábitos alimentares e físicos imediatamente

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

BORBOLETAS

Não corra atraz das borboletas

Cultive flores na vida

E elas chegaram bem perto de vc
Boa noite e sonhe com muitas borboletas, dizem que o sono fica leve e reparador, pela leveza das asas das borbuletas rsrsrsr
Dinha

sábado, 12 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM A MINHA AMIGA AUAU...



PRETA MARIA


"Um verdadeiro amigo é alguém que te conhece tal como és, compreende
onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra
tuas alegrias, compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros."



"Um verdadeiro amigo é aquele que entra quando todos os demais se vão."


"Quando te dói olhar para atrás e te dá medo olhar adiante, mira para a esquerda ou a direita e ali estarei, a teu lado."


"A amizade é o ingrediente mais importante na receita da vida."


"Uma vida sem amigos é como viver numa ilha deserta, sem água, sem alimentos, sem luz."


"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela
desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a
qualidade."

TE AMO PRETINHA MINHA VERDADEIRA AMIGA
VC É TUDO ISSO E MAIS. ZOZO NÃO SABE COMO UMA PESSOA PODE SE DAR TÃO BEM COM UM SER DE OUTRA ESPÉCIE QUE ENTENDE TUDO SOBRE VC MESMA. SENTE O QUE VC SENTE,TE CONSOLA E TE FAZ COMPANHIA INCANSALVEMENTE. 

OBRIGADA MEU DEUS POR TER ME DADO MINHA PRETA MARIA ATRAVÉS DE MINHA QUERIDA TIA.